Tuesday, October 18, 2011

Evangelho do Dia

Terça-feira, dia 18 de Outubro de 2011

S. Lucas, Evangelista – Festa


Santo do dia : São Lucas, Evangelista

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Concílio Vaticano II: O testemunho de São Lucas: «Resolvi eu também, depois de tudo ter investigado cuidadosamente [...], expô-los a ti por escrito» (Lc 1,3)

Evangelho segundo S. Lucas 10,1-9.
Naquele tempo,  o Senhor designou outros setenta e dois discípulos e enviou-os dois a dois, à sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir.
Disse-lhes: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto, ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe.
Ide! Envio-vos como cordeiros para o meio de lobos.
Não leveis bolsa, nem alforge, nem sandálias; e não vos detenhais a saudar ninguém pelo caminho.
Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: 'A paz esteja nesta casa!'
E, se lá houver um homem de paz, sobre ele repousará a vossa paz; se não, voltará para vós.
Ficai nessa casa, comendo e bebendo do que lá houver, pois o trabalhador merece o seu salário. Não andeis de casa em casa.
Em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei do que vos for servido,
curai os doentes que nela houver e dizei-lhes: 'O Reino de Deus já está próximo de vós.'



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Concílio Vaticano II
Constituição Dogmática «Dei Verbum» Sobre A Revelação Divina, § 18-19
O testemunho de São Lucas: «Resolvi eu também, depois de tudo ter investigado cuidadosamente [...], expô-los a ti por escrito» (Lc 1,3)
Ninguém ignora que, entre todas as Escrituras, mesmo as do Novo Testamento, os Evangelhos têm o primeiro lugar, enquanto são o principal testemunho da vida e doutrina do Verbo encarnado, nosso Salvador.


A Igreja defendeu e defende sempre e em toda a parte a origem apostólica dos quatro Evangelhos. Com efeito, aquelas coisas que os Apóstolos, por ordem de Cristo, pregaram foram depois, por inspiração do Espírito Santo, transmitidas por escrito por eles mesmos e por varões apostólicos como fundamento da fé, ou seja, o Evangelho quadriforme, segundo Mateus, Marcos, Lucas e João.


A Santa Madre Igreja defendeu e defende, firme e constantemente, que estes quatro Evangelhos, cuja historicidade afirma sem hesitação, transmitem fielmente as coisas que Jesus, Filho de Deus, durante a Sua vida terrena, realmente operou e ensinou para salvação eterna dos homens, até ao dia em que subiu ao céu (cf Act 1,1-2). Na verdade, após a ascensão do Senhor, os Apóstolos transmitiram aos seus ouvintes, com aquela compreensão mais plena de que eles, instruídos pelos acontecimentos gloriosos de Cristo e iluminados pelo Espírito de verdade (Jo 14,26) gozavam, as coisas que Ele tinha dito e feito.


Os autores sagrados, porém, escreveram os quatro Evangelhos escolhendo algumas coisas, entre as muitas transmitidas por palavra ou por escrito, sintetizando umas, desenvolvendo outras, segundo o estado das igrejas, conservando finalmente o carácter de pregação, mas sempre de maneira a comunicar-nos coisas autênticas e verdadeiras acerca de Jesus. Com efeito, quer relatassem aquilo de que se lembravam e recordavam, quer se baseassem no testemunho daqueles «que desde o princípio foram testemunhas oculares e ministros da palavra», fizeram-no sempre com intenção de que conheçamos a «verdade» das coisas a respeito das quais fomos instruídos (cf Lc 1,2-4).




Segunda-feira, dia 17 de Outubro de 2011

Segunda-feira da 29ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : Santo Inácio de Antioquia, bispo, mártir, séc. II

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S. Basílio : Amontoar para si próprio ou ser rico com os olhos postos em Deus?

Evangelho segundo S. Lucas 12,13-21.
Naquele tempo, alguém do meio da multidão, disse a Jesus: «Mestre, diz a meu irmão que reparta a herança comigo.»
Ele respondeu-lhe: «Homem, quem me nomeou juiz ou encarregado das vossas partilhas?»
E prosseguiu: «Olhai, guardai-vos de toda a ganância, porque, mesmo que um homem viva na abundância, a sua vida não depende dos seus bens.»
Disse-lhes, então, esta parábola: «Havia um homem rico, a quem as terras deram uma grande colheita.
E pôs-se a discorrer, dizendo consigo: 'Que hei-de fazer, uma vez que não tenho onde guardar a minha colheita?'
Depois continuou: 'Já sei o que vou fazer: deito abaixo os meus celeiros, construo uns maiores e guardarei lá o meu trigo e todos os meus bens.
Depois, direi a mim mesmo: Tens muitos bens em depósito para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te.'
Deus, porém, disse-lhe: 'Insensato! Nesta mesma noite, vai ser reclamada a tua vida; e o que acumulaste para quem será?'
Assim acontecerá ao que amontoa para si, e não é rico em relação a Deus.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

S. Basílio (c. 330-379), monge e bispo em Capadócia, doutor da Igreja
Catequese 31
Amontoar para si próprio ou ser rico com os olhos postos em Deus?
«Que hei-de fazer? Vou aumentar os meus celeiros!» Porque eram as terras deste homem tão produtivas, se ele fazia tão mau uso da sua riqueza? É para mais intensamente se ver a manifestação da imensa bondade de um Deus que estende a Sua graça a todos, «pois Ele faz que o sol se levante sobre os bons e os maus e faz cair a chuva sobre os justos e os pecadores» (Mt 5,45). [...] Eram estes os benefícios de Deus para com este rico: uma terra fecunda, um clima temperado, abundantes colheitas, bois para o trabalho, e tudo o que assegurasse a prosperidade. E ele, que dava em troca? Mau humor, taciturnidade e egoísmo. Era assim que agradecia ao seu benfeitor.


Esquecia que pertencemos todos à mesma natureza humana; não pensou que devia distribuir o que lhe sobrava aos pobres; não fez nenhum caso destes mandamentos divinos: «não negues um benefício a quem precisa dele, se estiver nas tuas mãos concedê-lo» (Prov 3,27), «não se afastem de ti a bondade e a fidelidade» (3,3), «partilha o teu pão com quem tem fome» (Is 58,7). Todos os profetas, todos os sábios lhe gritavam estes preceitos, mas ele fazia ouvidos de mercador. Os seus celeiros rachavam, muito pequenos para o trigo que lá se acumulava, mas o seu coração não estava satisfeito. [...] Ele não queria desfazer-se de nada, mesmo não chegando a armazenar tudo. Este problema incomodava-o: «Que hei-de fazer?» perguntava constantemente. Quem não teria piedade de um homem assim obcecado? A abundância tornava-o infeliz [...]; lamentava-se tal e qual como os indigentes: «Que hei-de fazer? Como hei-de alimentar-me, vestir-me?» [...]


Observa, homem, quem foi que te cumulou de dons. Reflecte um pouco sobre ti próprio: Quem és tu? O que é que te foi confiado? De quem recebeste esse encargo? Porque fostes tu o escolhido? Tu és servo do bom Deus; tu estás encarregado dos teus companheiros de serviço. [...] «Que hei-de fazer?» A resposta é simples: «Saciarei os famintos, convidarei os pobres. [...] Vós todos a quem falta o pão, vinde possuir os dons concedidos por Deus, que jorram como que de uma fonte».




Domingo, dia 16 de Outubro de 2011

29º Domingo do Tempo Comum - Ano A


Festa da Igreja : XXIX Domingo Comum (semana I do saltério)
Santo do dia : Santa Margarida Maria Alacoque, religiosa, +1690,  Santa Edviges, viúva, +1243

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São Lourenço de Brindisi : Ser realmente uma imagem de Deus

Evangelho segundo S. Mateus 22,15-21.
Naquele tempo, os fariseus reuniram-se para combinar como haviam de surpreender Jesus nas suas próprias palavras.
Enviaram-lhe os seus discípulos, acompanhados dos partidários de Herodes, a dizer-lhe: «Mestre, sabemos que és sincero e que ensinas o caminho de Deus segundo a verdade, sem te deixares influenciar por ninguém, pois não olhas à condição das pessoas.
Diz-nos, portanto, o teu parecer: É lícito ou não pagar o imposto a César?»
Mas Jesus, conhecendo-lhes a malícia, retorquiu: «Porque me tentais, hipócritas?
Mostrai-me a moeda do imposto.» Eles apresentaram-lhe um denário.
Perguntou: «De quem é esta imagem e esta inscrição?»
«De César» responderam. Disse-lhes então: «Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Lourenço de Brindisi (1559-1619), capuchinho, doutor da Igreja
Sermão para o 22º Domingo depois de Pentecostes
Ser realmente uma imagem de Deus
«Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus». É preciso dar a cada um o que lhe pertence. Eis uma palavra verdadeiramente cheia de sabedoria e de ciência celestial. Porque nos ensina que há duas espécies de poder: um humano e terreno, outro divino e celeste. [...] Ensina-nos que devemos estar sujeitos a uma dupla obediência: às leis dos homens e às leis divinas. [...] Temos de pagar a César a moeda que tem a efígie e a inscrição de César, e a Deus o que recebeu o sinete da imagem e semelhança divinas: «Resplandeça sobre nós, Senhor, a luz da Tua face!» A luz da Tua face deixou em nós a Tua marca, Senhor (Sl 4,7).


Fomos criados à imagem e semelhança de Deus (cf. Gn 1,26). Tu és homem, ó cristão. És, portanto, a moeda do tesouro divino; uma moeda que tem a efígie e a inscrição do Imperador divino. Assim, pergunto com Cristo: «De quem são esta imagem e esta inscrição?» E tu respondes: «De Deus». E eu digo-te: «Então porque não dás a Deus o que é de Deus?»


Se queremos realmente ser imagem de Deus, devemos assemelhar-nos a Cristo, pois Ele é a imagem da bondade de Deus e «imagem fiel da Sua substância» (Heb 1,3). E Deus, «àqueles que Ele de antemão conheceu, também os predestinou para serem uma imagem idêntica à do seu Filho» (Rm 8,29). Cristo deu verdadeiramente a César o que era de César e a Deus o que era de Deus. Observou, da maneira mais perfeita, os preceitos contidos nas duas tábuas da lei divina «tornando-Se obediente até à morte e morte de cruz» (Fl 2,8) e, assim, foi elevado ao mais alto grau de todas as virtudes visíveis e invisíveis.




Sabado, dia 15 de Outubro de 2011

Sábado da 28ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : Santa Teresa de Ávila, virgem, doutora da Igreja, +1582

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Actas do Martírio de São Justino e dos seus companheiros : «O Espírito Santo vos ensinará, no momento próprio, o que deveis dizer»

Evangelho segundo S. Lucas 12,8-12.
Naquele tempo, disse jesus aos seus discípulos: «Todo aquele que se declarar por mim diante dos homens, também o Filho do Homem se declarará por ele diante dos anjos de Deus.
Aquele, porém, que me tiver negado diante dos homens, será negado diante dos anjos de Deus.
E a todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do Homem, há-de perdoar-se; mas, a quem tiver blasfemado contra o Espírito Santo, jamais se perdoará.
Quando vos levarem às sinagogas, aos magistrados e às autoridades, não vos preocupeis com o que haveis de dizer em vossa defesa,
pois o Espírito Santo vos ensinará, no momento próprio, o que deveis dizer.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Actas do Martírio de São Justino e dos seus companheiros (ano 163); PG 6, 1565-1572
Antologia Litúrgica do Primeiro Milénio, trad. de José de Leão Cordeiro, SNL, Fátima, 2004)
«O Espírito Santo vos ensinará, no momento próprio, o que deveis dizer»
Aqueles homens santos foram presos e levados ao prefeito de Roma, chamado Rústico. Estando eles diante do tribunal, o prefeito Rústico disse a Justino [...]: «Que doutrina professas?» Justino disse: «Procurei conhecer todas as doutrinas, mas acabei por abraçar a doutrina verdadeira dos cristãos». [...] O prefeito Rústico inquiriu: «Que verdade é essa?» Justino explicou: «Adoramos o Deus dos cristãos, a quem consideramos como o único Criador, desde o princípio, e autor de toda a Criação, das coisas visíveis e invisíveis, e o Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, de Quem foi anunciado pelos profetas que viria ao género humano como mensageiro da Salvação e Mestre da boa doutrina. E eu, porque sou homem e nada mais, considero insignificante tudo o que digo para exprimir a Sua divindade infinita, mas reconheço o valor das profecias [...] e sei que eram inspirados por Deus os profetas que vaticinaram a Sua vinda ao meio dos homens». Rústico perguntou: «Onde vos reunis? [...] Diz-me [...] em que lugar juntas os teus discípulos». Justino respondeu: «Eu vivo em casa de um certo Martinho, nos banhos de Timiotino. [...] Ali, se alguém queria ir ver-me, comunicava as palavras da verdade». Rústico perguntou: «Portanto, tu és cristão?» Justino confirmou: «Sim, sou cristão». O prefeito Rústico perguntou a Caritão: «Diz-me tu agora, Caritão, também és cristão?» Caritão respondeu: «Sou cristão por graça de Deus». [...] Rústico perguntou a Evelpisto: «E tu, de quem és, Evelpisto?» Evelpisto, escravo de César, respondeu: «Também sou cristão, libertado por Cristo, e por graça de Cristo participo da mesma esperança que estes». [...] O prefeito Rústico perguntou: «Foi Justino que vos fez cristãos?» Hierax respondeu: «Eu sou cristão há muito tempo e cristão continuarei a ser». E Peão, pondo-se de pé, disse: «Também eu sou cristão». [...] Evelpisto disse: «Eu gostava de ouvir os discursos de Justino, mas a ser cristão aprendi-o de meus pais». [...] O prefeito Rústico disse a Liberiano: «E tu, que dizes? Também és cristão? Também tu não tens religião?» Liberiano respondeu: «Também eu sou cristão e, quanto à minha religião, só adoro o Deus verdadeiro». O prefeito disse a Justino: «Ouve, tu que és tido por sábio e julgas conhecer a verdadeira doutrina: se fores flagelado e decapitado, estás convencido de que subirás ao Céu?» Justino respondeu: «Espero entrar naquela morada, se tiver de sofrer o que dizes, pois sei que a todos os que viverem santamente lhes está reservada a recompensa de Deus até ao fim dos séculos». O prefeito Rústico perguntou: «Então tu supões que hás-de subir ao Céu para receber algum prémio em retribuição?» Justino disse: «Não suponho, sei-o com toda a certeza».


Sexta-feira, dia 14 de Outubro de 2011

Sexta-feira da 28ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : São Calisto I, papa, mártir, +222,  S. João Ogilvie, presbítero, mártir, +1615

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Santa Catarina de Siena : «Até os cabelos da vossa cabeça estão contados»

Evangelho segundo S. Lucas 12,1-7.
Naquele tempo, a multidão tinha-se reunido; eram milhares, a ponto de se pisarem uns aos outros. Jesus começou a dizer primeiramente aos seus discípulos: «Acautelai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia.
Nada há encoberto que não venha a descobrir-se, nem oculto que não venha a conhecer-se.
Porque tudo quanto tiverdes dito nas trevas há-de ouvir-se em plena luz, e o que tiverdes dito ao ouvido, em lugares retirados, será proclamado sobre os terraços.
Digo-vos a vós, meus amigos: Não temais os que matam o corpo e, depois, nada mais podem fazer.
Vou mostrar-vos a quem deveis temer: temei aquele que, depois de matar, tem o poder de lançar na Geena. Sim, Eu vo-lo digo, a esse é que deveis temer.
Não se vendem cinco pássaros por duas pequeninas moedas? Contudo, nenhum deles passa despercebido diante de Deus.
Mais ainda, até os cabelos da vossa cabeça estão contados. Não temais: valeis mais do que muitos pássaros.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santa Catarina de Siena (1347-1380), leiga da Ordem Terceira de São Domingos, doutora da Igreja, co-padroeira da Europa
Diálogo, 18
«Até os cabelos da vossa cabeça estão contados»
[Santa Catarina ouviu Deus dizer-lhe]: «Ninguém pode escapar das Minhas mãos. Porque Eu sou aquele que é (Ex 3,14), e vós não sois por vós próprios; vós sois enquanto fordes feitos por Mim. Eu sou o criador de todas as coisas que participam do ser, mas não do pecado, que não é, e portanto não foi feito por Mim. E, porque não está em Mim, não é digno de ser amado. A criatura apenas Me ofende na medida em que ama o que não deve amar, o pecado. [...] É impossível aos homens saírem de Mim; ou permanecem em Mim constrangidos pela justiça que lhes sanciona os erros, ou permanecem em Mim guardados pela Minha misercórdia. Abre pois os olhos da tua inteligência e olha para a Minha mão; verás que é verdade o que te digo».


Então, abrindo os olhos do espírito para obedecer ao Pai que é tão grande, eu vi o universo inteiro fechado naquela mão divina. E Deus disse-me: «Minha filha, vê agora e que saibas que ninguém Me pode escapar. Todos aqui estão, seguros pela justiça ou pela misericórdia, porque são Meus, criados por Mim, e Eu amo-os infinitamente. Seja qual for a maldade de que padeçam, terei misericórdia para com eles, por causa dos Meus servos; e atenderei o pedido que me fizeste com tanto amor e tanta dor». [...]


Então a minha alma, como se estivesse embriagada e fora de si, no ardor cada vez maior do seu desejo, sentiu-se simultaneamente feliz e cheia de dor. Feliz pela união que tivera com Deus, gozando a Sua alegria e bondade, completamente imersa na Sua misericórdia. Cheia de dor ao ver ofendida tão grande bondade.




Quinta-feira, dia 13 de Outubro de 2011

Quinta-feira da 28ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : S. Eduardo III, rei de Inglaterra, +1066,  Beata Alexandrina Costa, virgem, +1955

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Balduíno de Ford : «Os doutores da Lei e os fariseus começaram a pressioná-Lo fortemente»

Evangelho segundo S. Lucas 11,47-54.
Naquele tempo, disse O Senhor aos doutores da lei: «Ai de vós, que edificais os túmulos dos profetas, quando os vossos pais é que os mataram!
Assim, dais testemunho e aprovação aos actos dos vossos pais, porque eles mataram-nos e vós edificais-lhes sepulcros.
Por isso mesmo é que a Sabedoria de Deus disse: 'Hei-de enviar-lhes profetas e apóstolos, a alguns dos quais darão a morte e a outros perseguirão,
a fim de que se peça contas a esta geração do sangue de todos os profetas, derramado desde a criação do mundo,
desde o sangue de Abel até ao sangue de Zacarias, que pereceu entre o altar e o santuário.' Sim, Eu vo-lo digo, serão pedidas contas a esta geração.
Ai de vós, doutores da Lei, porque vos apoderastes da chave da ciência: vós próprios não entrastes e impedistes a entrada àqueles que queriam entrar!»
Quando saiu dali, os doutores da Lei e os fariseus começaram a pressioná-lo fortemente com perguntas e a fazê-lo falar sobre muitos assuntos, armando-lhe ciladas e procurando apanhar-lhe alguma palavra para o acusarem.



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Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Balduíno de Ford (? - c. 1190), abade cisterciense, depois bispo
O sacramento do altar, II,1; SC 93
«Os doutores da Lei e os fariseus começaram a pressioná-Lo fortemente»
Os que derramaram o sangue de Cristo não o fizeram para apagar os pecados do mundo. [...] Mas, inconscientemente, serviram o plano de salvação. A salvação do mundo, que se seguiu, não se realizou, nem pelo seu poder, nem pela sua vontade, nem pela sua intenção, nem pelo seu acto, mas veio do poder, da vontade, da intenção, do acto de Deus. Nesta efusão de sangue, com efeito, o ódio dos perseguidores não era só à obra, mas também ao amor do Salvador. O ódio fez o seu trabalho de ódio, o amor fez a sua obra de amor. Não foi o ódio, mas o amor que realizou a salvação.


Ao derramar o sangue de Cristo, o ódio derramou-se a si próprio, «a fim de se revelarem os pensamentos de muitos corações» (Lc 2,35). Também o amor, ao verter o sangue de Cristo, se verteu a si próprio, para que o homem soubesse como Deus o amava: «não poupou o próprio Filho» (Rom 8,32); «porque Deus amou tanto o mundo que lhe deu o Seu Filho único» (Jo 3,16).


Este Filho único foi oferecido, não porque os Seus inimigos prevaleceram, mas porque Ele próprio o quis. «Amou os Seus e amou-os até ao fim» (Jo 13,1). O fim é a morte, aceite por aqueles que ama: eis o fim de toda a perfeição, o fim do amor perfeito. «Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos Seus amigos» (Jo 15,13).




Quarta-feira, dia 12 de Outubro de 2011

Quarta-feira da 28ª semana do Tempo Comum


Festa da Igreja : Nossa Senhora Aparecida
Santo do dia : Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil

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Isaac: «Ai de vós, doutores da Lei, porque carregais os homens com fardos insuportáveis»

Evangelho segundo S. Lucas 11,42-46.
Naquele tempo, disse o Senhor: «Ai de vós, fariseus, que pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as plantas e descurais a justiça e o amor de Deus! Estas eram as coisas que devíeis praticar, sem omitir aquelas.
Ai de vós, fariseus, porque gostais do primeiro lugar nas sinagogas e de ser cumprimentados nas praças!
Ai de vós, porque sois como os túmulos, que não se vêem e sobre os quais as pessoas passam sem se aperceberem!»
Um doutor da Lei tomou a palavra e disse-lhe: «Mestre, falando assim, também nos insultas a nós.»
Mas Ele respondeu: «Ai de vós, também, doutores da Lei, porque carregais os homens com fardos insuportáveis e nem sequer com um dedo tocais nesses fardos!



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Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Isaac, o Sírio (séc. VII), monge dos arredores de Mossul, santo das Igrejas Ortodoxas
Sentenças 117, 118
«Ai de vós, doutores da Lei, porque carregais os homens com fardos insuportáveis»
Não alimentes o ódio contra o pecador, porque todos somos culpados. Se, por amor a Deus, tiveres contra ele motivo de censura, lamenta-o. Porque lhe terias tu ódio? É o seu pecado que devemos odiar, e rezar por ele, se quiseres ser como Cristo, que, longe de Se indignar contra os pecadores, rezava por eles: «Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem» (Lc 23,34). [...] Qual seria então a razão para odiares o pecador, tu que não passas de um homem? Seria por ele não estar à altura da tua virtude? Mas onde está a tua virtude se te falta a caridade?

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