Friday, October 7, 2011

Evangelho do Dia

Sexta-feira, dia 07 de Outubro de 2011

Sexta-feira da 27ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : Nossa Senhora do Rosário

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São Boaventura : «Se é pelo Espírito de Deus que Eu expulso os demónios, então chegou até vós o Reino de Deus» (Mt 12,28)

Evangelho segundo S. Lucas 11,15-26.
Naquele tempo, Jesus expulsou um demónio, mas alguns dos presentes  disseram: «É por Belzebu, chefe dos demónios, que Ele expulsa os demónios.»
Outros, para o experimentarem, reclamavam um sinal do Céu.
Mas Jesus, que conhecia os seus pensamentos, disse-lhes: «Todo o reino, dividido contra si mesmo, será devastado e cairá casa sobre casa.
Se Satanás também está dividido contra si mesmo, como há-de manter-se o seu reino? Pois vós dizeis que é por Belzebu que Eu expulso os demónios.
Se é por Belzebu que Eu expulso os demónios, por quem os expulsam os vossos discípulos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes.
Mas se Eu expulso os demónios pela mão de Deus, então o Reino de Deus já chegou até vós.
Quando um homem forte e bem armado guarda a sua casa, os seus bens estão em segurança;
mas se aparece um mais forte e o vence, tira-lhe as armas em que confiava e distribui os seus despojos.
Quem não está comigo está contra mim, e quem não junta comigo, dispersa.»
«Quando um espírito maligno sai de um homem, vagueia por lugares áridos em busca de repouso; e, não o encontrando, diz: 'Vou voltar para minha casa, de onde saí.'
Ao chegar, encontra-a varrida e arrumada.
Vai, então, e toma consigo outros sete espíritos piores do que ele; e, entrando, instalam-se ali. E o estado final daquele homem torna-se pior do que o primeiro.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Boaventura (1221-1274), franciscano, doutor da Igreja
Vida de São Francisco, legenda maior, cap. 12
«Se é pelo Espírito de Deus que Eu expulso os demónios, então chegou até vós o Reino de Deus» (Mt 12,28)
Em todas as suas acções, Francisco foi auxiliado pelo «Espírito do Senhor», de Quem recebeu «a unção e a missão» (Is 61,1) e por «Cristo,  virtude e sabedoria de Deus» (1Co 1,24). [...] A sua palavra era um fogo ardente que penetrava até ao fundo dos corações e enchia de admiração todos quantos o ouviam, pois não exibia ornamentos inventados por uma inteligência humana, mas apenas espalhava o perfume das verdades reveladas por Deus.


Tal tornou-se bem perceptível um dia em que, tendo de pregar na presença do Papa e dos seus cardeais [...], tinha memorizado um sermão cuidadosamente composto. [...] Mas, uma vez diante da assembleia, esqueceu-se completamente dele, sem conseguir recordar-se de uma única palavra. Confessou-o com humildade, recolheu-se para invocar a graça do Espírito Santo e de imediato encontrou uma eloquência tão persuasiva, tão poderosa sobre a alma dos seus ilustres ouvintes, que se tornou bem claro que já não era ele quem falava, mas o Espírito do Senhor [...].


Não tinha por hábito afagar os vícios dos grandes, mas tratá-los com vigor; nem condescender com a vida dos pecadores, mas admoestá-los severamente. Com a mesma firmeza de espírito censurava pequenos e grandes e tinha a mesma alegria em falar a pequenos grupos ou a multidões. Homens e mulheres, jovens e velhos, acorriam para ver e ouvir este homem novo enviado do Céu; ele percorria as várias regiões, anunciando com fervor o Evangelho; e «o Senhor cooperava, confirmando a palavra com os sinais que a acompanhavam» (Mc 16,20). De facto, em nome do Senhor, este arauto da verdade expulsava os demónios, curava os enfermos (Mc 1, 34).


Quinta-feira, dia 06 de Outubro de 2011

Quinta-feira da 27ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : S. Bruno, eremita, +1101,  Santa Maria Francisca das Cinco Chagas, virgem, +1791,  Beato José Rubio, presbítero, operário, +1929

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Jean Tauler : «Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia» (Mt 6,11)

Evangelho segundo S. Lucas 11,5-13.
Naquele tempo, disse jesus aos seus discípulos: «Se algum de vós tiver um amigo e for ter com ele a meio da noite e lhe disser: 'Amigo, empresta-me três pães,
pois um amigo meu chegou agora de viagem e não tenho nada para lhe oferecer',
e se ele lhe responder lá de dentro: 'Não me incomodes, a porta está fechada, eu e os meus filhos estamos deitados; não posso levantar-me para tos dar'.
Eu vos digo: embora não se levante para lhos dar por ser seu amigo, ao menos, levantar-se-á, devido à impertinência dele, e dar-lhe-á tudo quanto precisar.»
«Digo-vos, pois: Pedi e ser-vos-á dado; procurai e achareis; batei e abrir-se-vos-á;
porque todo aquele que pede, recebe; quem procura, encontra, e ao que bate, abrir-se-á.
Qual o pai de entre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma serpente?
Ou, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião?
Pois se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo àqueles que lho pedem!»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano em Estrasburgo
Sermão 17, para a segunda-feira antes do Ascensão
«Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia» (Mt 6,11)
Devemos considerar como e para que rezamos. Quando o homem se quer entregar à oração, deve antes de mais trazer o seu coração para dentro de si, afastá-lo das errâncias e das devassidões onde se perdia e cair com grande humildade aos pés de Deus, pedir-Lhe generosamente esmola, bater à porta do coração do Pai e mendigar o Seu pão, ou seja, a caridade. [...] Seguidamente, devemos pedir que Deus nos conceda e nos ensine a pedir aquilo que mais Lhe agrada na nossa oração e o que nos será mais útil. [...]


Nem todos os homens sabem rezar em espírito, alguns têm de recorrer à oração vocal. Neste caso, dirigir-te-ás a Nosso Senhor com as palavras mais amáveis, mais amigáveis e mais afectuosas que possas imaginar, e isso estimulará também a tua caridade e o teu coração. Pede ao Pai celeste que, através do Seu único Filho, Ele mesmo Se dê a ti, da forma mais agradável, como objecto da tua oração. E quando tiveres encontrado uma forma de oração que, mais que qualquer outra, te agrade e estimule a tua devoção [...], preserva essa forma de rezar e dá-lhe a tua preferência. [...] É necessário bater à porta com diligente perseverança, porque «aquele que se mantiver firme até ao fim será salvo» (cf. Mt 10,22; 2Tm 2,5). [...] «Se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo àqueles que Lho pedem!»



Quarta-feira, dia 05 de Outubro de 2011

Quarta-feira da 27ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : Santa Faustina, religiosa, +1935,  S. Benedito, o Negro, confessor, +1589,  Beato Alberto Marvelli, leigo, +1946

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São João Damasceno : «Jesus estava algures a orar»

Evangelho segundo S. Lucas 11,1-4.
Naquele tempo, estava Jesus em oração em certo lugar. Quando acabou, disse-lhe um dos seus discípulos: «Senhor, ensina-nos a orar, como João também ensinou os seus discípulos.»
Disse-lhes Ele: «Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu Reino;
dá-nos o nosso pão de cada dia;
perdoa os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo aquele que nos ofende; e não nos deixes cair em tentação.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São João Damasceno (c. 675-749), monge, teólogo, doutor da Igreja
Homilia sobre a Transfiguração, 10; PG 96, 545
«Jesus estava algures a orar»
Jesus «orava em particular» (Lc 9,18). A fonte da oração reside no silêncio da paz interior; é aí que se manifesta a glória de Deus (cf Lc 9,29). Porque, quando cerramos os olhos e os ouvidos e nos encontramos no interior, na presença de Deus, quando nos libertamos da agitação do mundo exterior e nos encontramos no interior de nós próprios, então veremos claramente na nossa alma o Reino de Deus. Porque o Reino dos céus ou, se preferirmos, o Reino de Deus, está em nós próprios: é Jesus Nosso Senhor quem no-lo diz (Lc 17,21).


No entanto, os crentes e o Senhor oram de uma maneira diferente. Os servos, com efeito, aproximam-se do Senhor, na oração, com um temor misturado de desejo, e a oração torna-se para eles viagem para Deus e para a união com Ele; alimenta-os com a Sua própria substância e fortalece-os. Mas como orará Cristo, cuja alma santa está unida ao Verbo de Deus? Como Se apresentará o Mestre em oração, como assumirá Ele a atitude de quem pede? Mas fá-lo;  e ao fazê-lo, não será porque, tendo revestido a nossa natureza,  nos quer instruir e mostrar-nos o caminho que, pela oração, nos faz elevar-nos a Deus? Não quererá Ele ensinar-nos que a oração abriga no seu seio a glória de Deus?

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