Tuesday, September 20, 2011

Evangelho do Dia

Terça-feira, dia 20 de Setembro de 2011

Terça-feira da 25ª semana do Tempo Comum

Sua mãe e seus irmãos vieram ter com Ele, mas não podiam aproximar-se por causa da multidão.
Anunciaram-lhe: «Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem ver-te.»
Mas Ele respondeu-lhes: «Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Isaac da Estrela (?-c. 1171), monge cisterciense
Sermão 51, 25-27; PL 194, 1862; SC 339
«A Minha mãe e os Meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática»
«Procurei o repouso em todas as coisas» disse a Sabedoria de Deus; «e permanecerei na herança do Senhor» (Sir 24,12). A herança do Senhor, em sentido universal, é a Igreja; de forma mais especial, é Maria; em sentido particular, é a alma de cada crente. [...] O texto continua: «Então o Criador do universo deu-me as Suas ordens, e aquele que me criou assentou a minha tenda. E disse-me: 'Habita em Jacob'» (v. 8). Com efeito, procurando por toda a parte o descanso e não o encontrando em parte nenhuma, a Sabedoria de Deus, o Seu Verbo, deu-Se então como herança ao povo judeu, a quem, através de Moisés «falou e incumbiu». [...] E Aquele que, por esta segunda criação, criou a Sinagoga, a mãe da Igreja, «repousou na Sua tenda», na tenda da Aliança. Agora, na Igreja, repousa no sacramento do Seu Corpo.


E, como também procurou, por assim dizer, entre todas as mulheres Aquela de quem nasceria, escolheu muito especialmente Maria, que depois foi chamada «bendita entre todas as mulheres» (Lc 1,28). [...] Cristo, que a criou nova criatura (cf 2Co 5,17), veio descansar no seu seio.


Também a cada alma fiel e predestinada à salvação esta Sabedoria «incumbe e fala» quando quer e como quer. Fá-lo interiormente pela inteligência natural, pela qual «ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina» (Jo 1,9), e pela inspiração da graça [...]; ou seja, quer pela doutrina, quer pela criação (cf Rm 1,20). [...] E a Sabedoria de Deus, o Seu Verbo, criando e formando assim esta alma «em Cristo Jesus, para vivermos na prática das boas obras» (Ef 2,10), vem repousar na sua consciência.



Segunda-feira, dia 19 de Setembro de 2011

Segunda-feira da 25ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : S. Januário, bispo, mártir, +305,  Nossa Senhora da Salette

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São Máximo o Confessor : «Uma lâmpada para os meus passos é a Tua palavra, uma luz no meu caminho» (Sl 118,105)

Evangelho segundo S. Lucas 8,16-18.
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «Ninguém acende uma candeia para a cobrir com um vaso ou para a esconder debaixo da cama; mas coloca-a no candelabro, para que vejam a luz aqueles que entram.
Porque não há coisa oculta que não venha a manifestar-se, nem escondida que não se saiba e venha à luz.
Vede, pois, como ouvis, porque àquele que tiver, ser-lhe-á dado; mas àquele que não tiver, ser-lhe-á tirado mesmo o que julga possuir.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Máximo o Confessor (c. 580-662), monge e teólogo
Pergunta 63 a Talássio; PG 90, 667ss.
«Uma lâmpada para os meus passos é a Tua palavra, uma luz no meu caminho» (Sl 118,105)
A lâmpada no lampadário é Nosso Senhor Jesus Cristo, a verdadeira luz do Pai «que ilumina todo o homem que vem a este mundo» (Jo 1,9). Dito de outra forma, é a Sabedoria e a Palavra do Pai; tendo aceitado a nossa carne, tornou-Se realmente e foi chamado a «luz» do mundo. É celebrado e exaltado na Igreja pela nossa fé e pela nossa piedade. Torna-Se assim visível para todas as nações e brilha para «todos os da casa», isto é, para o mundo inteiro, de acordo com as Suas palavras: «Não se acende uma candeia para a pôr debaixo de um vaso mas no candelabro onde brilhe para todos os da casa» (Mt 5,15).



Como se vê, Cristo designa-Se a Si mesmo como lâmpada. Sendo Deus por natureza, tornou-Se carne no plano da salvação, uma luz escondida na carne como debaixo de um vaso. [...] Era nisto que David pensava quando dizia: «Uma lâmpada para os meus passos é a Tua palavra, uma luz no meu caminho» (Sl 118,105). Porque faz desaparecer as trevas da ignorância e do mal entre os homens, o meu Salvador e Deus é chamado lâmpada na Sagrada Escritura. Porque é o único a poder aniquilar as trevas da ignorância e a dissipar a escuridão do pecado, tornou-Se para todos caminho de salvação. Conduz para junto do Pai aqueles que, pelo conhecimento e pela virtude, avançam com Ele pelo caminho dos mandamentos como por um caminho de justiça.


O lampadário é a Santa Igreja porque o Verbo de Deus brilha por causa da sua pregação. É deste modo que os raios da sua verdade podem iluminar o mundo inteiro. [...] Mas com uma condição: não a esconder sob a letra da lei. Todo aquele que fica preso apenas à letra da Escritura vive segundo a carne: põe a lâmpada debaixo do vaso. Pelo contrário, colocada no lampadário, a Igreja ilumina todos os homens.



Domingo, dia 18 de Setembro de 2011

25º Domingo do Tempo Comum - Ano A


Santo do dia : S. José de Cupertino, religioso, +1663

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São Gregório Magno : «Ide também para a minha vinha»

Evangelho segundo S. Mateus 20,1-16a.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «Com efeito, o Reino do Céu é semelhante a um proprietário que saiu ao romper da manhã, a fim de contratar trabalhadores para a sua vinha.
Ajustou com eles um denário por dia e enviou-os para a sua vinha.
Saiu depois pelas nove horas, viu outros na praça, que estavam sem trabalho,
e disse-lhes: 'Ide também para a minha vinha e tereis o salário que for justo.’
E eles foram. Saiu de novo por volta do meio-dia e das três da tarde, e fez o mesmo.
Saindo pelas cinco da tarde, encontrou ainda outros que ali estavam e disse-lhes: 'Porque ficais aqui todo o dia sem trabalhar?’
Responderam-lhe: 'É que ninguém nos contratou.’ Ele disse-lhes: 'Ide também para a minha vinha.’
Ao entardecer, o dono da vinha disse ao capataz: 'Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, começando pelos últimos até aos primeiros.’
Vieram os das cinco da tarde e receberam um denário cada um.
Vieram, por seu turno, os primeiros e julgaram que iam receber mais, mas receberam, também eles, um denário cada um.
Depois de o terem recebido, começaram a murmurar contra o proprietário, dizendo:
'Estes últimos só trabalharam uma hora e deste-lhes a mesma paga que a nós, que suportámos o cansaço do dia e o seu calor.’
O proprietário respondeu a um deles: 'Em nada te prejudico, meu amigo. Não foi um denário que nós ajustámos?
Leva, então, o que te é devido e segue o teu caminho, pois eu quero dar a este último tanto como a ti.
Ou não me será permitido dispor dos meus bens como eu entender? Será que tens inveja por eu ser bom?’
Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos. Porque muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Gregório Magno (c. 540-604), papa e doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho, n°19
«Ide também para a minha vinha»
O Senhor não pára, em tempo algum, de enviar trabalhadores para cultivar a Sua vinha [...]: através dos patriarcas, dos doutores da Lei e dos profetas e, finalmente, através dos apóstolos, Ele procurava, por assim dizer, que a Sua vinha fosse cultivada por intermédio dos Seus trabalhadores. Todos aqueles que, a uma fé firme, acrescentaram boas obras, foram os trabalhadores dessa vinha [...].


Os trabalhadores contratados desde o nascer do dia, da hora terceira, da sexta e da nona designam portanto o antigo povo hebreu que, aplicando-se [...], desde o começo do mundo, a prestar culto a Deus com fé firme, não parou, por assim dizer, de se empenhar na cultura da vinha. Mas à décima-primeira hora os pagãos foram chamados, tendo-lhes sido dirigidas estas palavras: «Porque ficais aqui todo o dia sem trabalhar?» De facto, ao longo de todo aquele lapso de tempo por que o mundo passou, os pagãos tinham negligenciado o trabalho que leva à vida eterna, e ali estavam, daquela maneira, o dia inteiro sem nada fazer. Mas reparai bem, irmãos, o que respondem à pergunta que lhes é feita: «É que ninguém nos contratou.» De facto, patriarca algum ou profeta se acercara deles. E que quererão estas palavras dizer: «Ninguém nos contratou para trabalhar», a não ser: «Ninguém nos pregou os caminhos da vida»?


Mas nós, que invocaremos então em desculpa própria, se nos abstivermos de realizar boas obras? Pensai bem: recebemos a fé ao sair do seio de nossa mãe, escutámos as palavras de vida desde o berço e fomos alimentados ao peito da Santa Igreja, dela bebendo, ao mesmo tempo que o leite materno, o néctar da doutrina celeste.

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